Nós temos muitas máscaras. Todos nós temos.

A gente coloca a máscara de “sorriso” e conversamos com as pessoas no dia a dia, mesmo quando a vontade é de chorar.

A gente coloca a máscara de “ser forte” e passamos o dia, mesmo quando a vontade é de deitar e tremer de medo do cotidiano.

As máscaras existem por uma razão: para a gente interagir na sociedade.

E a existência delas, por si só, não é um problema. Todos nós temos, e todos nós precisamos delas de vez em quando. Quando vamos atender um cliente, a gente precisa da máscara de “sorriso” e “gentileza” sempre, senão vamos correr o risco de sermos demitidos e aí teremos um outro problema.

Precisamos da máscara de “ser forte” para conseguirmos transparecer segurança para as pessoas perto de nós – seja família, seja trabalho.

Mas veja que esse pensamento de “tenho que ser forte” é justamente isso, e apenas isso: uma máscara. Ponto final.

E a máscara a gente coloca para os outros. Outro ponto final.

A gente não coloca máscara para nós mesmos, para nos vermos no espelho. Isso não faz nenhum sentido – vamos querer enganar a gente para que?

Mas é justamente isso o que a gente mais faz.

“Se eu pensar sempre em ser forte, uma hora eu acredito”.

“Se eu pensar que sou feliz, uma hora eu acredito”.

O problema é que por uns momentos a gente acaba fingindo que acredita.

Mas andar sempre de máscara é muito pesado. Não é a gente. Não é natural.

É como se a gente estivesse em uma loja de copos e vasos de cristal – e a gente de patins. Temos que prestar atenção o tempo todo para manter a pose, cuidar de nossos movimentos, com medo de um movimento em falso quebrar tudo.

É muito tenso. A gente se sobrecarrega demais.

Use a máscara, isso faz parte.
Mas saiba tirar ela também.

2 comentários em “Por que pensar “tenho que ser forte” pode ser ruim”

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